domingo, 31 de maio de 2009

Dicas para seu cartão de visitas ou de negócios

© Niro

Vou esquecer o lado acadêmico e ir logo ao assunto. Quem quiser saber a história do cartão de visita (ou de negócios) que pesquise por conta própria.

Essa é a primeira postagem sobre design do blog e este se alinha perfeitamente à idéia de criatividade, portanto, nada melhor do que exercê-la. Escolhi o cartão de negócios (business card) porque é algo que todo profissional deve ter para distribuir em um momento oportuno. Nada pior do que estar em uma reunião de negócios, receber vários cartões e ter que dar a velha desculpa de que "esqueceu" os seus em casa. Convenhamos, não pega bem!

Falando nisso, se receber muitos cartões e a reunião for em uma mesa, não enfie todos no bolso do paletó. Leia-os rapidamente mas com atenção e, em seguida, posicione-os discretamente de modo que possa saber quem é quem, além da educação de se dirigir às outras pessoas pelo nome próprio.

As dicas de hoje foram retiradas do livro The Non-Designer's Design Book: Design and Typographic Principles for the Visual Novice, escrito por Robin Williams, 2ª edição, 2004. Você encontra aqui no Brasil sob o título de "Design para quem não é Designer". Ainda que seja um livro para principiantes (meu caso) é um dos maiores sucessos editoriais dos últimos anos.

Mãos à obra! Dê uma olhada no layout do cartão de negócios abaixo. Quantos elementos separados você vê em um pequeno espaço? Quantas vezes seus olhos param para observar algo?



Seus olhos pararam cinco vezes? Evidente, tem cinco itens distribuídos nesse pequeno espaço.
O que você leu primeiro? Provavelmente a frase do meio que está em negrito.
Como você continuou a leitura? Da esquerda para a direita? (Como lemos em português).
O que aconteceu quando seus olhos chegaram no canto direito inferior do cartão? Por acaso você não retornou para conferir se não havia perdido alguma informação?
E agora? O que acontece se complicarmos mais um pouco?



Agora que eu coloquei o meu nome também em negrito ficou ainda maiss difícil saber por onde começar. Será que você vai ler as duas expressões em negrito primeiro ou vai escolher outra ordem? E um amigo seu, qual seria a ordem de leitura que ele adotaria?

De acordo com a autora, Robin Williams, parte do problema desse cartão é que nada está alinhado com nada, ou seja, nenhum dos elementos tem qualquer tipo de conexão com outro. Reserve um tempinho para pensar quais itens deveriam ser agrupados e quais deveriam ficar separados.



Movendo todos os elementos para a direita e alinhando-os a informação é instantaneamente organizada. Claro que agrupar os elementos relacionados também ajudou bastante. Os itens do texto agoraa têm um limite em comum que os conecta entre si.

O próximo exemplo mostra o texto centralizado. Contudo, quando o texto é alinhado à direita ou à esquerda a linha invisível que conecta os elementos é muito mais forte, oferecendo uma "lâmina" vertical a ser acompanhada. Isso dá ao cartão um visual mais limpo e dramático.



Este exemplo tem uma boa composição com os itens do texto agrupados em uma proximidade lógica. O texto está centralizado na página e, embora o alinhamento seja legítimo, os limites são suaves e você não enxerga a força da linha.



Este cartão tem a mesma composição lógica que o anterior, mas é alinhado à direita. Observe a forte linha conectando os elementos. A força dessa linha é a força do layout.

Terminanos por aqui, mas antes, os lembretes finais:
1) Se você quer ser reconhecido como um profissional sério, NUNCA faça seus cartões em casa.
2) os cartões no Brasil têm a dimensão de 9 x 5 cm e nos EUA é mais comum 8,5 x 5,5 cm.
3) Você pode fazer apenas o rascunho do cartão e levar na gráfica que eeles providenciam a "arte". Imagens e/ou logomarcas devem ser entregue em formato vetorial. As imagens vetoriais utilizam vetores matemáticos para sua descrição e os tipos mais comuns de formato são: SVG (Padrão para gráficos vetoriais recomendado pela W3C), CDR (Formato proprietário da CorelDraw), AI (Formato Adobe Illustrator) e WMF(Meta-arquivo do Windows).

Para complementar o assunto veja o post 10 dicas para criar os melhores cartões de visita e usá-los com efetividade do excelente blog Efetividade.net

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